
Prevenção do Risco
Potenciar o trabalho de equipa no bloco operatório
A formação em equipa pode minimizar o erro humano e incrementar a segurança do paciente
Cuidados com o Paciente e economia da saúde
Uma série de diferentes iniciativas foram subsequentemente introduzidas, de forma a centrar a atenção na segurança do paciente. Podemos incluir: os rácios mínimos exigidos entre enfermagem-pacientes, a redução das horas de trabalho, os protocolos que visam a melhoria dos cuidados administrados aos pacientes, checklists de segurança, progressos científicos em simulação, e formação das equipas de trabalho.
As abordagens baseadas no trabalho em equipa são especialmente significativas. As contradições nos tratamentos têm sido frequentemente atribuídas à elevada rotatividade dos profissionais. Os estudos atualmente em curso, medem o sucesso de:
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Simulação – desde os modelos mais simples da cirurgia como “mesa de trabalho”, aos simuladores de funções de tarefas, de realidade virtual e de salas de bloco operatório para formação e avaliação das equipas clínicas.
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Normalização – criar meios coerentes de avaliação de competências básicas e de desempenho.
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Formação de Equipas – tocando em três vertentes fulcrais - liderança (ao longo dos anos), gestão (ao longo de meses) e formação (diariamente)
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CPT’s – implementando rotinas a longo-prazo, normas objetivas e checklists.
O que faz uma equipa eficaz?
Um dos fatores-chave das equipas eficazes é a partilha e a precisão de “modelos mentais” na tarefa que têm em mãos, o equipamento disponível, e as competências e responsabilidades dos colegas.
Com estes fatores de sucesso evidentes e objetivamente mensuráveis, é relativamente acessível verificar se a equipa atingiu os seus objetivos.
Outros fatores que são frequentemente negligenciados, incluem a felicidade da equipa, o compromisso com os seus objetivos, e a sua capacidade para unir esforços e incrementar o desempenho em conjunto.
Formação da equipa – quando e como?
A formação da equipa e as intervenções de segurança têm que ser constantemente consideradas como disciplinas contínuas que são incorporadas nas organizações de prestação de cuidados de saúde. A construção de equipas eficazes, especialistas, que têm um claro entendimento acerca das suas tarefas, dos seus papéis e dos seus comportamentos esperados, pressupõe vantagens nos resultados dos tratamentos aos pacientes, mais do que seriam alcançáveis pelos avanços biomédicos.
A única maneira de atingir estes níveis de sucesso é através de formação sistemática da equipa.
É necessária uma mudança na passagem da formação em pacientes reais para uma formação baseada em simulação, onde os membros da equipa cooperam num ambiente de bloco operatório simulado. Utilizando este processo, as equipas podem ensaiar e aperfeiçoar respostas eficazes a conjunturas catastróficas e/ou raras, e introduzir novas intervenções como as checklist conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Melhoria e uniformização dos sistemas de avaliação
Outra área importante a ter em consideração no incremento da segurança do paciente, é a corrente falta de uniformização dos sistemas de avaliação em cuidados de saúde. O desafio é criar uma referência sistemática relativamente às quais se avaliará ou comparará o desempenho.
É recomendável que as normas sejam aplicadas para garantir que as avaliações sejam justas e fiáveis, desde que o feedback válido seja fornecido de uma forma eficaz e adaptada. Também sugere que docentes e formadores devem realizar formação extensa, demonstrar um nível mínimo de competência, e titular uma certificação para aplicar estas medidas na prática.
Finalmente, propõe que a seleção do prestador de cuidados de saúde deve ser sustentada na evidência de funções devidamente certificadas, e no conceito de avaliação/seleção dos serviços, cuja implementação atravessará as especialidades como: cuidados intensivos, cirurgia e anestesia.